Ela renasceu. Enquanto vemos a Ford ir embora (da produção nacional, é claro), vemos o retorno da FNM, que produziu no passado, caminhões da Alfa Romeo, apelidados de “FêNêMê”.
Os atuais, contudo, não exalam longas curtidas de fumaça e nem fazem o típico zunido dos antigos motores diesel da marca. Embora o design seja inspirado no passado, a FNM atual é um vislumbre do futuro.
De acordo com a Reuters, a FNM – em parceria com a Agrale – fechou um contrato de venda de 1.000 caminhões elétricos para a Ambev, o gigante internacional de bebidas.
Já é o segundo contrato de grande volume do grupo brasileiro, visto que anteriormente, a empresa fechou outra compra com a Volkswagen/MAN, onde adquiriu um lote de 1.600 unidades do caminhão leve elétrico e-Delivery.
No caso da FNM, o veículo é maior, com um PBT maior. Com foco em ter uma frota limpa em 2023, a Ambev terá nada menos que 2,6 mil caminhões e uma quantidade não especificada de vans elétricas.
Com 5,3 mil caminhões a diesel atualmente, a Ambev cortará 126 mil toneladas de CO2 por ano com a frota da FNM, fabricada pela Agrale em Caxias do Sul. Antes Fábrica Nacional de Motores, atualmente a empresa é chamada Fábrica Nacional de Mobilidades.
Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de sustentabilidade e suprimentos da Ambev, disse: “As parcerias resultaram em um veículo com tecnologias de ponta que agora poderá ser exportado para outros países e outras empresas”.
Os caminhões elétricos da FNM para a Ambev terão baú da Random, motor elétrico da Danfoss Editron e baterias de lítio da Octillion. Aliás, essas duas empresas já estudam abrir fábricas no Brasil para produzir esses componentes, o que reforça a imagem da marca brasileira no mercado.
O potencial para transporte elétrico no Brasil é enorme e marcas como JAC e BYD, já atuam nessa área, que deve crescer muito nos próximos anos.